Neste momento de tantos desafios, as capacidades inovativas são fundamentais para que as empresas respondam às demandas do ambiente e abracem novas oportunidades. Entrevistamos o nosso associado ISQ Brasil para identificarmos como as relações entre Brasil e Portugal podem ser produtivas neste sentido.
CPMG: Ricardo, por favor, apresente o ISQ Brasil aos amigos da CPMG.
Ricardo Caldeira: O ISQ Brasil, que está situado em Belo Horizonte/MG, é uma empresa pertencente ao GRUPO ISQ e completou 21 anos de operação no mercado brasileiro. O ISQ Matriz tem sua sede no Tagus Park em Oeiras/Portugal e foi fundado em 1965.
O core business do ISQ Brasil é a avaliação de integridade de ativos industriais. Estamos inseridos como uma TIC (Testing, Inspection and Certification) em todo o segmento industrial: Petroquímicas/Químicas, Siderurgia, Mineração, Papel e Celulose, Oil & Gas, Energia e Agronegócio.
Os desafios impostos para uma organização como a nossa, que trabalha com alta tecnologia, com uma engenharia de conhecimento multidisciplinar, atendendo à grandes organizações num país de extensão continental, são enormes.
CPMG: Como o ISQ Brasil tem desenvolvido os seus projetos de inovação durante a pandemia da COVID-19?
Ricardo Caldeira: Nos últimos 5 anos, estamos trabalhando para encontrar uma nova visão da empresa. Criamos caminhos para uma inovação com um foco de nos transformarmos num hub de tecnologia de gestão de ativos.
A mudança de mindset, sobretudo pela ambidestria existente (cuidar de operação complexa e ao mesmo tempo desenvolver projetos de inovação), o trabalho em co-working, a incorporação e convivência com o nosso eco-sistema, a importância da transformação digital, a identificação dos leads a partir das dores dos nossos clientes e das lições aprendidas têm sido, entre outras, questões abordadas e tratadas dentro do planejamento estratégico para o objetivo pretendido
Com o surgimento da pandemia, a necessidade de acelerar este processo de inovação tornou-se preponderante. As atividades em homework, a imposição de trabalharmos com um contingente reduzido de pessoas nos nossos clientes e todas as dificuldades configuradas para a logística ratificaram a urgência de implantação de sistemas de monitoramento de ativos com sensores para acompanhamento à distância, IOT, data analytics, inteligência artificial , para citar algumas das ferramentas.
CPMG: Como este movimento se potencializa nas relações com Portugal, via ISQ Portugal (o Grupo ISQ)?
Ricardo Caldeira: No contexto do Grupo ISQ, as portas se abrem para um universo ainda maior. O DNA de P&D está inserido nesta instituição de mais de 50 anos. Interação e compartilhamento de conhecimento se fazem presentes. A troca de conhecimentos na engenharia é fundamental para o alcance e consolidação dos nossos clientes. A lusofonia por sua vez facilita muito. A relação Brasil - Portugal abriu nos últimos anos muitas possibilidades aproveitadas pelo ISQ Brasil. O exemplo mais recente é o convite da GALP, uma concessionária portuguesa para exploração de petróleo no Brasil, que desafiou os nossos engenheiros brasileiros para participar de um projeto de ponta na avaliação de risers flexíveis na linha de produção em águas profundas. Um convite viabilizado pelas relações entre ISQ Portugal e GALP.
Entretanto, por esta mesma grandeza e dimensão do Grupo, os desafios da inovação se configuram mais fortemente presentes. Alinhar um projeto inovador para um grupo é uma tarefa árdua que tem que ser conquistada com pequenos projetos e pequenas vitórias. Romper barreiras de cultura e necessidades de primeira ordem para os projetos em carteira, em fluxo de abordagem distinto, não são obstáculos fáceis de serem transpostos.
Um grande desafio que nos motiva ainda mais na busca de uma organização de ponta.
Abaixo foto de nossa participação (Diretor Geral do ISQ Brasil) no AOTC em Angola, onde o ISQ está presente como ISQ Apave. Facilidades que o Grupo promove.
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